terça-feira, 13 de dezembro de 2011

E o Novo Código Florestal?

               Enquanto os brasileiros assistiam suas novelas, os Senadores aprovavam em Brasília o projeto substitutivo do Código Florestal. Por que isso causa tamanha polêmica? Pois bem, a resposta permeia por terrenos muito instáveis e milindrosos, mas vamos à ela! Sabemos que o agronegócio representa quase 50% das exportações brasileiras segundo dados Instituto Nacional de Pesquisas Aplicadas. Tal fato nos leva ao início dessa trama difícil de ser desmbaraçada.
               De um lado a bancada ruralista (apoiada e financiada pelos magnatas do campo), do outro a bancada "verde" que luta pelos interesses sociais e ambientais do País. Entre os dois lados um governo refém de acordos com grupos políticos e ecônomicos que ao longo do tempo esteve na contra-mão dos interesses públicos. O que fazer? Preservar ou produzir e gerar receitas? Gerar receitas, claro! A aprovação representa um retrocesso para as ideias de preservação ambiental discutidas no mundo todo, ela abre uma possibilidade maior de desmatamento de Áreas de Preservação Permanente (APP's), tais como as matas ciliares, estas terão sua área de preservação reduzida. Outro aspecto improvável, mas aprovado, é a política de reflorestamento com vegetação exótica e de fins comerciais. O eucalipto é um grande exemplo, sua exploração e cultivo promove um impacto de médio e longo prazo sobre o solo, os manancias de água subterrêneas e outros sistemas naturais.
               De acordo com imformações de orgãos não-governamentais como a FASE -orgão que atua na área de pesquisas sóciais e ambientais - só no norte do Espírito Santo mais de 130 córregos secaram, outros tantos rios apresentam características claras de assoreamento, além do fato de diminuição da fertilidade do solo e produtividade de culturas alimentícias. Com tantos aspectos negativos é um tanto quanto estranho acreditar que em um País que vende uma imagem de local com grandes riquezas naturais e preservadas, tal projeto seja aprovado na base do "acordão político".
             O que fará nossa chefe manterá sua palavra eleitoreira ou será apenas mais uma falácia? Esperemos para ver...

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